Thel Menezes é designer e produtora de Moda, pós-graduada na área, cosplayer há 10 anos e jurada do CCB. Em seu currículo, possui alguns títulos e participações em competições de cosplay, como o WCS e Cosplay Idol. É a entrevistada da vez, foi pela terceira vez seguida jurada da final do CCB e vai falar um pouco sobre o que pensa sobre diversos assuntos em especial cosplay e eventos de anime.
1 – Thel, você já participo de alguns concursos Brasil a fora na qualidade de cosplayer o que você viu que gostou e o que viu que não gosto?
A maioria dos concursos que participei, foram dentro de eventos mesmo. Exceto por uma seletiva do WCS que aconteceu em um teatro e foi exclusiva para isso, o que foi muito bacana. Tivemos um tratamento bastante diferenciado e foi muito divertido.
A maioria das críticas que temos, é por falta de uma estrutura que consiga nos amparar quando estamos competindo, como camarins adequados, por exemplo.
Geralmente em seletivas importantes e finais como o CCB, encontra-se bastante essa preocupação. Minha crítica vai para eventos padrão, dos quais vários cosplayers tem que brigar por um espelho, as vezes, dentro de um banheiro pequeno e sujo. Ou aqueles eventos que cobram muito cara a entrada, não dando qualquer desconto ou vantagem para o cosplayer. Sendo que ele acaba sendo uma atração do evento, que nem é remunerada para isso.
2 – Qual o cosplay que você mais gostou de fazer e qual cosplay você não fez mais tem muita vontade de fazer?
Pergunta difícil, porque gosto de todos eles, rs. Mas um dos que mais me diverti foi o Syaoran de Sakura Card Captors e a Aerith de Final Fantasy VII. Tem vários que não consegui fazer, mas um dos meus sonhos de consumo é a Marine de Guerreiras Mágicas de Rayearth.
3 – Tem alguma coisa no mundo cosplay que te incomoda?
Como em todo lugar, tem coisas que você admira e coisas que você se incomoda muito. O que mais me incomoda é ver a maioria dos cosplayers levando a competição à sério demais, a ponto do ego falar mais alto. As vezes é meio triste ver ou vivenciar isso, pois no fundo o que importa de verdade é fazer um bom trabalho e divertir o público.
4 – Você foi jurada no CCB 2011, 2012 e 2013 ou seja avaliou pessoas que vieram de longe capricharam no cosplay se prepararam muito pra que em 3 minutos fossem avaliadas, você também é cosplayer e sabe muito bem dessa dificuldade, como é estar do outro lado julgando esses cosplayers?
Uma experiência muito difícil. Teoricamente eu estou numa zona de conforto, mas por saber toda a dificuldade que cada um teve para chegar ali, separar a razão da emoção é uma tarefa homérica.
Eu tento ser o mais imparcial possível, pois preciso ser na hora de analisar os detalhes e eu sou bastante crítica. Porém, criatividade é algo que me tira do sério. Quando alguém faz uma apresentação que me arrepia, certeza que a nota vai ser boa em algum requisito do julgamento.
5 - Final de um concurso nacional cosplay no interior. Esse é o CCB a 5 anos dos quais fez parte de 3 anos dessa história quais impressões você teve e o que previsão você faz pro futuro do concurso?
Eu gosto muito do CCB, porque enxergo nele os primórdios dos eventos que eu ia, de quando comecei. É divertido, você ver o público curtindo e maravilhado com tudo o que é apresentado. É muito lindo ver essas reações, porque você estimula a fantasia/ imaginação das pessoas e quando se é cosplayer, acredite, faz muita diferença ver esses olhos brilhando e a galera vibrando.
Acho que o concurso está indo no caminho certo, a cada edição temos mais finalistas e certamente ganhará um espaço maior em breve.
6 – Se tivesse que enumerar os 10 maiores concursos cosplay do Brasil quais seriam?
WCS, YCC, YCW, Cosplay in RIo, Copa Cosplay, CCB, CWM. Os outras que penso são todos regionais, como o Ranking Cosplay Rio.
7 – Você esteve em 3 edições do CCB conforme já falamos aqui 2011, 2012 e 2013 como foi os bastidores da escolha dos vencedores nessas 3 edições.
Sempre foi muito tranquilo, os outros jurados sempre foram muito prestativos e divergentes, o que é maravilhoso, porque essas diferentes opiniões, nos faz atentar para outros detalhes que as vezes deixamos passar. E posso garantir que todos os resultados foram justos, mesmo quando houve critério de desempate.
8 – Uma mensagem a cosplayers e organizadores de evento pra fechar nossa entrevista.
Aos cosplayers da região, que estão começando, estou muito feliz que a cada edição vemos mais adeptos do hobby, sem contar que todos vocês estão se empenhando muito no que fazem e isso me deixa muito orgulhosa, pois sendo daqui também, eu sei as dificuldades que cada um tem na hora da confecção. Todos estão de parabéns.
Aos finalistas, voltem!!!!!
E à organização, muito obrigada por sempre confiarem no meu trabalho. Fico muito feliz de participar desse evento e ser parte dessa estória também.
Amigão, corrige ae, é GOSTOU e não GOSTO na primeira e segunda pergunta.
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